Não sei porquê eu não paro de falar quando não sei o que
fala; palavras não tem sentido e eu não tenho abrigo. Mas se eu paro pra pensar
porque não paro pra pensar, você não faz sentido; não me tem como abrigo...”
Sofás são sacanas; por vezes te acomodam e por vezes fazem
você se sentir completamente avulsa. Meu sofá essa semana me traiu um pouco
fazendo eu refletir sobre coisas as quais eu não gostaria de ainda pensar. O
dito cujo me fez lembrar o quanto eu sou diferente e alheia a praticamente tudo
que venho idealizando na minha vida. Meu sofá (o de verdade) deve estar rindo
da minha cara nesse momento “epifânico”. Acho que se pudesse, ele diria com
prepotência: "Eu avisei, agora volte para mim".
Assim como Lucas, eu todos os dias eu nasço, cresço, adoeço
e morro um pouco mais dessa vida; a Doença dos Dias. Curioso como há muito eu
havia perdido (ou fechado os olhos) para essa perspectiva reclusa e auto-isolante.
Não sei se isso é ruim, mas dizem que podemos enganar até mesmo a pessoa mais
cética do mundo, mas não podemos enganar a nós mesmos. Pergunto-me se venho me
enganando durante todos esses anos, mas se a resposta fosse sim, certamente meu
“eu interior” não me diria isso a fim de mais uma vez me enganar. Complexo,
porém eu consigo entender.
Eu não sei lidar! Mas quem liga?
Lida... *