domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sobre a toda a (muda)dança.


Não sei porquê eu não paro de falar quando não sei o que fala; palavras não tem sentido e eu não tenho abrigo. Mas se eu paro pra pensar porque não paro pra pensar, você não faz sentido; não me tem como abrigo...”

Sofás são sacanas; por vezes te acomodam e por vezes fazem você se sentir completamente avulsa. Meu sofá essa semana me traiu um pouco fazendo eu refletir sobre coisas as quais eu não gostaria de ainda pensar. O dito cujo me fez lembrar o quanto eu sou diferente e alheia a praticamente tudo que venho idealizando na minha vida. Meu sofá (o de verdade) deve estar rindo da minha cara nesse momento “epifânico”. Acho que se pudesse, ele diria com prepotência: "Eu avisei, agora volte para mim".

Assim como Lucas, eu todos os dias eu nasço, cresço, adoeço e morro um pouco mais dessa vida; a Doença dos Dias. Curioso como há muito eu havia perdido (ou fechado os olhos) para essa perspectiva reclusa e auto-isolante. Não sei se isso é ruim, mas dizem que podemos enganar até mesmo a pessoa mais cética do mundo, mas não podemos enganar a nós mesmos. Pergunto-me se venho me enganando durante todos esses anos, mas se a resposta fosse sim, certamente meu “eu interior” não me diria isso a fim de mais uma vez me enganar. Complexo, porém eu consigo entender.
Eu não sei lidar! Mas quem liga?

Lida... *

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sobre todas as coisas que eu...

Durante algumas vezes acredito que essa necessidade de atenção seja patológica. Sabe? É muito mais fácil definir algo como "doença" que simplesmente admitir culpa por algum defeito nosso. Sendo assim, sou patologicamente carente: sinto necessidade de bom dia/boa tarde/boa noite, como dormiu?/como está?/como foi o seu dia?. Por menos que eu goste de interação humana, sinto falta de ser parte importante do dia de alguém, já que programo muito bem todos os meus dias. Pensei muito sobre isso durante minha longa e costumeira jornada pelo asfalto hoje.

Eu já pensava dessa forma lá perto dos meus 13 ou 14 anos. A idade era pouca, mas já era eu sendo eu mesma, a lunática-mirim que sonhava em ser bióloga-veterinária e calculava em meus diários toda a trajetória até a linha de chegada. Hoje, no auge dos meus 22, a história ainda continua a mesma. Isso encrustou na minha cabeça, de uma maneira que me fez relacionar essa triste novidade com tudo que a vida colocava no meu caminho. Eu achava que não, mas acredito que um dia tudo isso há de mudar. 

Sonhos são lindos, mas expectativas irreais são peso morto que não deixam os sonhos saírem do travesseiro para seguir em frente. Elas estão ali, mas o coração e alma fogem.